O regime de urgência segue uma tramitação diferente e limita a ação dos parlamentares de oposição. Os senadores tem o direito de falar somente uma vez, não excedendo o limite de dez minutos cada. Além disso, são apenas cinco manifestações a favor e cinco contrárias.
“A tentativa de aprovar a urgência na votação da matéria demonstra a pressa em que o ilegítimo governo Temer, denunciado por corrupção, e sua tropa de choque pretendem atuar para retirar os direitos trabalhistas”, denunciou o presidente da CTB, Adilson Araújo.
Se o requerimento de urgência for aprovado terça-feira, o presidente Eunício deverá colocar na pauta o PLC 38/2017 após duas sessões ordinárias e poderá ser votado no Plenário até o dia 10 de julho. Eunício Oliveira já manifestou que pretende concluir a votação da reforma trabalhista antes do recesso parlamentar, que começa no dia 18 de julho.
Pressionar até virar os votos dos senadores
Somente com muita pressão e denúncia do significado da reforma trabalhista, especialmente nos estados e bases eleitorais dos senadores poderá impedir a aprovação da proposta. Embora o quadro seja de dificuldades, o tema divide, até mesmo, o partido de Temer. Cinco senadores do PMDB já se declararam contra o PLC 38/2017.
Por isso, “não podemos dar tréguas. É necessário que esta semana façamos muito barulho, especialmente nas bases eleitorais dos senadores, alertando que quem votar contra a classe trabalhadora, nunca mais vai ser eleito, pois os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras não perdoarão aqueles que lhes roubarem o futuro”, avisa Adilson Araújo.
Fonte: CTB
Publicado em 03/07/2017